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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

DESENCONTROS


                                                        Dr. Içami Tiba

É UMA DATA ESPECIAL....

Maria quer algo de José.
Algo que demonstre que José  a ama.
Ela espera ansiosamente  tal gesto de amor.

José é um homem bom e trabalhador.
         Pensou no que daria à Maria.
                   Deu-lhe um ventilador.

Maria queria flores...
Ganhou ventilador.
Expressou sua dor.
                   José não a compreendeu.
                   Esperava alegria e sorriso.
                   Recebeu um desagradável mau humor.

É SEMPRE ASSIM, pensam ambos.
Novamente  NÃO CONVERSAM.
MARIA, na sua carência de amor, espera que da próxima vez
José satisfaça seus silenciosos desejos.
Gosta de ganhar presentes de surpresa.
É obrigação de José perceber o que ela quer.

                   JOSÉ Não entendeu a frustração de Maria.
                   Honesto, responsável e dedicado marido.
                   No que foi que ele errou?
                   Não consegue falar a linguagem dos sentimentos.
                   Talvez nunca tivesse olhado no fundo dos olhos de Maria

AMBOS SOFRERAM JUNTOS,  cada um, AS SUAS PRÓPRIAS CARÊNCIAS...

MARIA, por amor a José, continua esperando flores...
JOSÉ, por amor a Maria, continua trazendo ventiladores.

Nem os cães vão latir!


Moisés já havia semeado a Palavra de Deus, que é viva e eficaz, cortante e que sonda os corações. Esta Palavra na boca dele e nas mãos de Arão, já haviam trazido 9 pragas terríveis sobre o povo do Egito e tanto era motivo de  horror a eles quanto temor para o coração dos hebreus que estavam conhecendo o Deus de seus pais.

A cada praga, Faraó reagia com dureza e aumentava a oportunidade de o Senhor se revelar a todas as nações. Mesmo sabendo que Deus havia endurecido o coração daquele líder obstinado pela idolatria e orgulho, Moisés se irou ao lhe detalhar a última praga e falou de um detalhe muito peculiar: o latido dos cães (Ex. 11.7ª)

Salvo algumas exceções, ao menor movimento os cães latem. Pouca alteração no seu espaço e eles alardeiam. Sentem quando algo de mal vai acontecer a seus donos e sabem dos que são ameaça para a casa que os alimenta. Mas passaria um anjo, com a ordem de matar, com a marca da vingança, com o assovio da dor e ameaça do fim mas mesmo assim, os cães ficariam tranqüilos e quietos.

Acredito que, talvez fosse por reverencia, pois se alguma coisa estava sendo semeado por Moisés e Arão na terra de Gósen, local de habitação dos escravos hebreus, era o temor ao Deus de Abraão, Izaque e Jacó! Se alguém deveria ser temido não era Faraó com  todo seu poderio e pompa, mas o Eterno, Jeová Jiré! Se alguma palavra era digna de confiança, seria aquela que já por 9 vezes mostrou sinais e maravilhas. Agora, em uma sintonia com os céus, os cães se calam. Como o grande peixe vomita por reverencia e obediência ao Criador, despejando Jonas na praia, os cães não latem. Como os codornizes que em obediência ao chamado do Criador, apareceram no deserto aos milhares, para calar a boca gulosa e a mente murmuradora dos mesmos israelitas alguns dias depois, os cães ficaram em silencio. Como o Cordeiro estava a disposição de Abraão para substituir Isaque no sacrifício que provou a fé daquele pai, os cães abdicaram do direito de uivar.

Quando Deus está no projeto, cães, peixes, codornizes, cordeiros, mulas e toda a natureza se dispõe a ser semente para que muita coisa boa possa brotar a partir deles. Que nossa semeadura, tendo como base a história dos hebreus no deserto, tenha como modelo os animais e não os homens que semearam mais murmuração que obediência e colheram mais tempo no deserto que conquistas na terra prometida. Se a gente realmente acreditar, os cães vão calar e contemplar as maravilhas que Deus tem para operar também na nossa vida hoje!

Espaço de reflexão psicoteológica, visando a saúde dos relacionamentos e o fortalecimento da família!