Moisés já havia semeado a Palavra de Deus, que é viva e eficaz, cortante e que sonda os corações. Esta Palavra na boca dele e nas mãos de Arão, já haviam trazido 9 pragas terríveis sobre o povo do Egito e tanto era motivo de horror a eles quanto temor para o coração dos hebreus que estavam conhecendo o Deus de seus pais.
A cada praga, Faraó reagia com dureza e aumentava a oportunidade de o Senhor se revelar a todas as nações. Mesmo sabendo que Deus havia endurecido o coração daquele líder obstinado pela idolatria e orgulho, Moisés se irou ao lhe detalhar a última praga e falou de um detalhe muito peculiar: o latido dos cães (Ex. 11.7ª)
Salvo algumas exceções, ao menor movimento os cães latem. Pouca alteração no seu espaço e eles alardeiam. Sentem quando algo de mal vai acontecer a seus donos e sabem dos que são ameaça para a casa que os alimenta. Mas passaria um anjo, com a ordem de matar, com a marca da vingança, com o assovio da dor e ameaça do fim mas mesmo assim, os cães ficariam tranqüilos e quietos.
Acredito que, talvez fosse por reverencia, pois se alguma coisa estava sendo semeado por Moisés e Arão na terra de Gósen, local de habitação dos escravos hebreus, era o temor ao Deus de Abraão, Izaque e Jacó! Se alguém deveria ser temido não era Faraó com todo seu poderio e pompa, mas o Eterno, Jeová Jiré! Se alguma palavra era digna de confiança, seria aquela que já por 9 vezes mostrou sinais e maravilhas. Agora, em uma sintonia com os céus, os cães se calam. Como o grande peixe vomita por reverencia e obediência ao Criador, despejando Jonas na praia, os cães não latem. Como os codornizes que em obediência ao chamado do Criador, apareceram no deserto aos milhares, para calar a boca gulosa e a mente murmuradora dos mesmos israelitas alguns dias depois, os cães ficaram em silencio. Como o Cordeiro estava a disposição de Abraão para substituir Isaque no sacrifício que provou a fé daquele pai, os cães abdicaram do direito de uivar.
Quando Deus está no projeto, cães, peixes, codornizes, cordeiros, mulas e toda a natureza se dispõe a ser semente para que muita coisa boa possa brotar a partir deles. Que nossa semeadura, tendo como base a história dos hebreus no deserto, tenha como modelo os animais e não os homens que semearam mais murmuração que obediência e colheram mais tempo no deserto que conquistas na terra prometida. Se a gente realmente acreditar, os cães vão calar e contemplar as maravilhas que Deus tem para operar também na nossa vida hoje!
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