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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

VERGONHA DE ORAR OU "TO NEM AÍ PRÁ DEUS”!

“Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier em sua glória e na glória do Pai e dos santos anjos”. Lc.  9:26
Temos um problema com a teologia do merecimento, quando tento  merecer a aprovação de Deus - o que nunca vou conseguir - em vez de usufruir do amor que Ele já dispensou a mim através de Jesus na Cruz do Calvário, o outro extremo é também um problema: eu to nem aí para Deus. E quando é que “eu to nem aí para Deus?”
Várias maneiras de pensar a fé e vários comportamentos  me levam a esta situação. As pessoas a quem Jesus falou estas palavras eram nada menos que seus discípulos.  Será que a única vez que Pedro se envergonhou de Jesus foi quando o traiu na noite antes de sua crucificação? Será que Pedro foi o único a negá-lo?
O que Pedro fez é o de menos. Estava em crise e Deus conhece nossa angústia e a pressão que vivemos nesta hora. Jesus não ouviu o que Pedro disse, mas olhou para ele e sondou a intenção de seu coração. E Ele conhece todo desejo e motivação nossa também.  (Mt.6.6)
 “Eu to nem aí para Deus” quando ouço que Ele está presente e quer ter comunhão comigo pessoalmente e eu preciso o tempo todo de um intermediário. Eu não quero falar com ele diretamente sem a mediação de alguém que é “mais espiritual que eu”, por que no fundo eu não acredito que Ele me ama. Ele disse com clareza: “estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt.28.20).
“Eu to nem aí para Deus” quando sei fazer o bem e não faço, Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz”, Tg. 4.17. Mas vem mais confusão: o que é o bem? Pilatos, tentando cumprir a lei, entrega Jesus para ser crucificado e pergunta: o que é a verdade?
 “Eu to nem aí para Deus” e o nego, quando nego a sua Palavra. Eu nego sua palavra quando não a conheço. Eu nego suas palavras quando Jesus não é para mim “O Cristo” O Filho do Deus vivo, como Pedro fala no verso 20, O Cristo de Deus. Mesmo que o veja como alguém que faz milagres, como alguém poderoso, Senhor da Igreja, mas se ele não é para mim, o “Cristo”, o salvador que venceu a morte e me resgatou do inferno me dando acesso a Deus com intimidade, eu o estou negando e isto desaponta o Pai - quando negamos o Filho.
Algumas das palavras mais tristes que um filho pode ouvir são estas: “Estou muito desapontado com você” e elas só nos serão faladas por Deus se nos envergonharmos do evangelho  e só serão usadas uma vez, no último dia. Vamos ficar atentos?

terça-feira, 2 de outubro de 2012

A ORAÇÃO NÃO É SOBRENATURAL


Vamos iniciar uma campanha de oração mas vou fazer uma afirmação: a oração não é algo sobrenatural. Espero não ser mal compreendido com esta afirmação. Ela gera reações sobrenaturais, ação milagrosa de Deus em nossas vidas, mas ela não é nada sobrenatural. Pelo menos não devia ser.
Quando olhamos para o texto bíblico e encontramos mulheres chorando para terem filhos (Ana,Rebeca, Raquel, Sara, Isabel, mãe de Sansão, etc) vejo mulheres naturalmente falando de suas angústias. Qualquer um de nós vai orar assim quando angustiados.
Olhando para os líderes em oração por um povo perdido, (Moisés, Josué, Davi, Neemias, o rei de Nínive, etc) vejo que qualquer um de nós vai orar assim se tiver amor no coração pelo seu povo. Se considero os profetas, prevendo um tempo de terror e juízo sobre um povo (Elias, Eliseu, Isaias, Jeremias)  descobrimos orações apaixonadas por verem o peso da mão de Deus mas não são sobrenaturais.
A oração é para a vida espiritual como a respiração para a vida natural. Se somos espirituais a oração não é sobrenatural e sim comum a nós. Devemos tê-la como uma ordem de sobrevivência: respire, respire, respire (ore, ore, ore).
O Senhor Jesus orava o tempo todo e cada oportunidade mesmo no meio da multidão (Mt. 11.25-26); falava com o Pai em secreto cada vez que tinha uma oportunidade (Mc. 6.46), a ponto de influenciar seus discípulos a pedirem: “ensina-nos a orar” (Lc.11.1).
 “Orai sem cessar”, (1.Ts.5.17) exorta o apóstolo Paulo, que começou a orar mesmo antes de saber como era isso. Ananias vem para ensiná-lo e o encontra orando (At.9.11), depois de discipulado, ensina a todos a “orar em todo lugar, levantando mãos santos, sem iram nem animosidade” (1.Tm.2.8) orando uns pelos outros.
As famílias precisam aprender a orar como algo tão natural quanto falar entre si. É Mais comum usarmos a hipocrisia das orações no templo, das apropriações dos púlpitos e das “oportunidades” que oração em família. A celebração sem oração é orgia e profanação. Somos convidados a voltar ao que é mais natural em uma igreja: oração. Ao que é mais natural entre pais e filhos: que se falem, que se conheçam, que tragam alegria um ao outro – mas quantas vezes nossos filhos tem medo de falar conosco? Quantas vezes tivemos medo de falar com nossos pais? A oração não é sobrenatural mas o medo de falar com Deus é. Sobrenatural e maligna.
 Somos filhos de Deus e por isso afirmo o quão natural deve ser a oração - com ação de graças e súplicas. Quanto mais temos a celebrar, mais devemos orar pois tudo o que é bom e motivo de celebração vem de Deus, nosso Pai. 

Pr. Cleydemir

EM EQUIPE – NOSSA PARTE E A PARTE DELE


 “...  bendiga... e não te esqueças” (Sl.103.2)
 Trabalho em equipe e divisão de tarefas é um desafio sempre. Se cada parte faz o que lhe compete tudo vai muito bem. Funcionário e patrão, esposo e esposa, pais e filhos; mas principalmente entre Deus e seus adoradores. A responsabilidade está bem clara para cada parte.
Da parte dele, vários verbos quase imperativos: perdoar, curar, resgatar e coroar.
Perdoar todos os nossos pecados. (3) Pesquisas afirmam que temos mais de dez mil pensamentos por dia. Se considerarmos que apenas três destes dez mil são pecaminosos e somássemos a média de 70 anos, teremos que prestar contas a Deus por 70.000 pecados, só por pensamento, sem contar ações, omissões, olhares, sentimentos, dureza de coração, egoísmo, etc. “É Ele que perdoa todas as nossas iniqüidades”
Curar todas as nossas enfermidades. (3) Deus tem muitos caminhos de cura para nós, inclusive a doença. Muitas vezes só nos curamos de dureza no coração, de vícios escondidos, de maldade na alma, no processo de doença física. Mas ele também tem prazer em curar nossas dores físicas. Se tivermos paz – ter paz é uma ordem - e dependermos dele, muitas de nossas doenças simplesmente vão embora.
Resgatar da sepultura, (4) livrar da morte, tirar do inferno, são traduções para a ação tremenda de Deus em nos livrar do poder do Diabo. Paulo prefere dizer que  “Ele nos tirou do império das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu Amor”.
Falta uma ação de Deus neste processo mas quero falar de nossa responsabilidade agora:
1. Bendiga ao Senhor ó minha alma” (adoração) é falar bem e falar com a alma. Anunciar com ousadia e clareza o que penso sobre alguém, como fazem os cabos eleitorais - de coração, não estes  que ganham vinte reais por dia para entregar panfletos. Bendizer é adorar em um culto racional que não começa nem termina na reunião de domingo a noite.
2. “Não esqueça de nenhum de seus  benefícios” (Gratidão).  Parece tão simples quanto falar bem, mas é tão difícil! Somos treinados para falar mal e esquecer o bem. Murmuradores por natureza, gastamos energia e tempo nos lembrando do mal sem valorizar o bem. Gratidão espanta murmuração. (Murmuração traz doença de volta!)
Se dermos conta de tão pouco – não fosse o pecado que brota de dentro – Ele ainda nos coroa! E sem um coração adorador e grato vamos rejeitar esta coroa pois ela é uma coroa de Bondade e Compaixão! Ou seja, Ele coloca algo dEle em nós, cada vez que o adoramos com gratidão. Você merece esta coroa. Você a quer?

Espaço de reflexão psicoteológica, visando a saúde dos relacionamentos e o fortalecimento da família!