Subscribe:

segunda-feira, 26 de maio de 2014

DIFERENÇA ENTRE ALZHEIMER E O MAL DE ALZHEIMER

Turma,
Estava em uma roda muito estimulante noutro dia, falando sobre o cuidado com nossos pais e me lembrei deste texto. Acho legal compartilhar com voce. Se tiver algo semelhante, uma experiencia, posta aí. Vai enriquecer muito.

DIFERENÇA ENTRE ALZHEIMER E O MAL DE ALZHEIMER

Você já leu ou assistiu a uma reportagem sobre o Alzheimer. As estatísticas mostram que muitos dos nossos queridos na terceira idade estão sujeitos, ou propensos ao mal e quanto mais aumenta a possibilidade de longevidade mais próximos desta experiência que se torna dolorosa para os que estão em volta.
Mas você saberia diferenciar as expressões acima descritas? Não encontramos definições específicas em dicionários. Esta distinção é percebida na vida. Estou em processo de descoberta da sutil diferenciação.
Vi um filme nestes dias, (Irís) narrando a história de um casal em que a mulher no pico do reconhecimento do seu trabalho, diante de uma câmera de TV em um programa ao vivo, simplesmente não consegue associar idéias para responder a uma pergunta sobre o seu próprio livro. À partir daí, a síndrome começa a se manifestar em suas particularidades. Mas não era o Mal de Alzheimer. Era apenas Alzheimer. Mal de Alzheimer é quando estou perto de uma pessoa que está desenvolvendo a crise. Quando participo da vida dela. Quando estou junto. É quando vou visitá-la, e passo pelo menos mais de sessenta minutos junto dela. Vendo pelo vídeo é apenas Alzheimer. Não há mal nenhum.
Alzheimer é quando sei que um parente está tendo pequenas perdas de memória. Mal de Alzheimer é quando eu o acompanho ao Geriatra e ele me mostra os detalhes na radiografia. Seu cérebro está sendo consumido e as funções vitais de cada elemento paralisado deixará de funcionar.
Alzheimer é quando sei que o pai de minha paciente está com a função de engolir, engolida. Fizeram um buraco no seu pescoço para a comida descer. Nunca mais ele vai sentir sabor nem engolir nada. Mal de Alzheimer é ver o meu próprio pai com um docinho na mão tentando levá-lo à boca, mas morde o dedo em três tentativas. Não consegue mais colocá-lo na boca com aquela mão que está visivelmente perfeita. É mal. É difícil assimilar quando temos que explicar e vivenciar o processo.
Alzheimer é eu estar falando para vocês da síndrome. Mal de Alzheimer é o que ele deve sentir ao perceber que está perdendo a si mesmo. Que sua mão já não consegue acertar a boca, mesmo que se aproxime do rosto. Que sua visão está perfeita mas se cérebro não recebe informações que ela envia. Que ele errou o prato com o garfo várias vezes, e os netos estão fingindo não ver. Deve ser mal lembrar que o tempo é tão curto agora entre perceber cada função desativada e outras que ele nem vai perceber mais. Preso em si mesmo. Muita saúde e nenhum controle sobre ela. Sobre as emoções ou sobre a expressão delas. Isto é o Mal, o resto é informação sobre uma síndrome.
Não posso deixar de dar uma última distinção: visitá-lo duas vezes por semana como um beija-flor, é acompanhar à distancia a sindrome de Alzheimer que meu pai desenvolve. Estar com ele todo o tempo como minha mãe faz é conhecer em toda extensão o mal de Alzheimer. Meu carinho e admiração aos dois.
Cleydemir de Oliveira Santos
Psicólogo Clínico

PS. Continuo sem saber a diferença entre um e outro; meu pai faleceu meses depois deste texto ser terminado.

SEGREDO DA PRESERVAÇÃO TRANSGERACIONAL

“A tua Fidelidade é constante em todas as gerações...”  Sl.119.90a

No mês da família, algo que inquieta é a falta de preocupação com o legado; aquilo que vai ser deixado para outras gerações. A falta de investimento por algo que seja constante e sustentador entre o estamos crendo, vivendo, usufruindo hoje e o que a próxima geração vai crer, viver e usufruir.

Desde a água - que é usada como se fôssemos os últimos da fila, e todo o resto fosse para levarmos para casa - até a questão do discipulado sobre o futuro. Se olharmos para traz, toda geração que fez assim, declarou a morte daquela cultura, região, patrimônio.

A principal questão a considerar é sobre a fé: o legado espiritual. O salmista nos consola dizendo que A Fidelidade de Deus é que mantém as coisas, mas se nós nos estribarmos nela  tudo será bem melhor! É Ele que estabelece e firma todas as coisas – a terra e todos os planetas e estrelas são a grande prova disto – inclusive famílias que se sustentam por algumas gerações, na política, na igreja, na liderança das cidades. A fidelidade do Senhor – por que Ele tem uma história com gerações e oportunidades – nos permitem um período para perceber isto e depois, naturalmente esta mesma fidelidade à justiça e à ordem, se encarrega de tirar e punir os que não declararam Sua Fidelidade.

Mesmo nas gerações e famílias que tentam repassar a fé e a responsabilidade para os sucessores precisam entender que “toda  perfeição tem limite, mas não há limite para o seu mandamento” ratifica o sábio no verso 96; então a dependência da fidelidade do Senhor, é o grande segredo para a continuidade da benção entre gerações.

O grande dilema é coração do homem. Não basta saber disto. Temos que ter prazer nisto. Não basta conhecer  Deus. Temos que deseja-lo e nosso coração se empolga em muitas invenções. “Se a tua lei não fosse o meu prazer, o sofrimento já me teria destruído” (92). Além do sofrimento natural da vida, será muito sofrido se estivermos fazendo a coisa certa com o coração em outro lugar. Nosso prazer tem que ser o Senhor.


Então vamos lembrar ao nosso coração de “jamais se esquecer dos preceitos do Senhor”, pois é por meio deles que nossa vida, nossa família e as gerações futuras são preservadas. 

segunda-feira, 12 de maio de 2014

O PODER DE UMA TRANSIÇÃO PRUDENTE

O livro de Juízes nos mostra muitos líderes e nenhum deles conectado com o anterior. Mal sinal.  Nos lembra o inicio de tudo quando Josué que vem  de uma poderosa transição da liderança da nação recebida das mãos de Moisés, agora, vai cuidar de sua velhice e deixa o povo de Israel nas mãos de ninguém especificamente. Nas mãos de todo mundo equivale a nas mãos de ninguém e anos depois, cada um fazia o que achava certo, não por que não tinha um rei, mas por ter um líder. Josué não cuidou da liderança depois dele, mesmo que tenha cumprido seu papel de conquistar a terra como lhe foi delegado pelo Senhor.

Por isso, em vez de uma nação forte, encontramos eventuais líderes fortes. Parecem histórias de super-heróis – falava a reflexão que li noutro dia – Débora, Baraque, Gideão, Sansão...
Mas encontramos também entre os libertadores sem discipulado, o jovem OTONIEL. (Jz.3.7-11) Narrativa simples, sem drama, nem exibição de bravura. O que importa nesta história é o que Deus fez através de Otoniel.

“O Senhor lhes suscitou um libertador” (9), “veio sobre ele o Espírito do Senhor” (10), “O Senhor entregou na sua mão a Cuchã-Rizataim, rei da Mesopotâmia (10). Estes relatos nos fazem enxergar o que é mais importante:  AS AÇÕES DE DEUS EM NOSSA VIDA. As histórias interessantes, as pessoas fascinantes podem ofuscar o que é importante. Temos a tendência a nos concentrar nisto e nem perceber o que Deus está fazendo.

Me lembro da primeira vez que fui líder de jovem na igreja: via a necessidade, me dispus para a obra de Deus mas queria esperar mais uns anos para ter experiência, me aprimorar. Deus me “obrigou” a assumir naquele ano, e por depender mais dEle, talvez tenha sido o ano mais frutífero. Estava olhando a coisa errada. Deus usa pessoas comuns para sua obra extraordinária. Se a luz dEle, o poder dEle, o amor dEle fluírem de nós, as pessoas vão ver as boas obras dEle em nós e vão glorificar o Pai dEle (e nosso) que está nos céus. Este foi o desejo de Jesus. (Mt. 5.16)

Mas Otoniel também não conduziu, não discipulou alguém especificamente para ser Juiz depois dele e o povo voltou a fazer o que parecia mal aos olhos do Senhor e novo juiz sem treinamento, sem visão teve que ser levantado; assim perde-se muito tempo e o inimigo se aproveita Não era para ser como foi. Nossa vida de constante mudança precisa da direção de Deus para novas etapas. Vamos experimentar sempre do poder de Deus, mas também da direção do Alto, para cada novo ciclo da vida; para que antes durante e depois de cada etapa seja TUDO DE DEUS!

FAMÍLIA COM BASE NA CRUZ

Cruz é lugar de dor e lágrima. Família é lugar de alegria e sorriso. Cruz é lugar de morte. Família lugar de nascimento e crescimento. Mas se cruz é a senha para o túmulo vazio e para a vitória contra o pecado, a família que não passar pela cruz, não experimentará o potencial de Deus. A dor que existe no mundo que jaz no maligno, só o amor de uma família com base na Cruz, pode curar. As lágrimas que vem das aflições naturais da vida, só numa família com base na Cruz haverá consolo. Sendo a morte inevitável, só uma família que sabe da Cruz, vai sobreviver por que sabe que a Ressurreição é uma verdade!

O que é então uma família com base na Cruz? Imaginei um acróstico, enquanto conversava com um casal nestes dias e desta conversa veio a dica:

C- CONVICÇÃO – A família baseada na Cruz, tem convicção de ser uma linda Ideia de Deus. Com I maiúsculo. Apesar de toda tentativa do inferno para provar que família é uma instituição falida todos os que tiverem convicção da vontade de Deus terão famílias que valem a pena. Jesus tinha convicção que a Cruz era o caminho para nossa salvação, apesar da dor que sofreria; e começou tudo através de uma Família.
R – RESPEITO – a maneira como Jesus respeitou seus pais enquanto esteve no convívio deles,  respeitou as pessoas com quem conviveu, suas limitações e peculiaridades, esperando o melhor momento para apontar a vontade de Deus, é dica para nós. Hoje perdemos o respeito mútuo e sem isto, não seremos família. Muitas lágrimas choradas por respeito, apesar das injustiças, serão recompensadas pelo Senhor.
U – UNIDADE – a Unidade tem um preço. O amor tudo sofre, tudo crê, tudo suporta! Ele se submete. “Quão bom e agradável é vivermos em união”, mas não é fácil. Muitas vezes a morte simbólica tem que acontecer para que a unidade prevaleça. Nosso ponto de vista (orgulho), tem que morrer. Um sonho pessoal tem que morrer para sonharmos juntos. Nosso ritmo, para dançarmos juntos. Jesus orou para sermos conhecidos pela unidade!
Z – ZELO – o zelo é o elemento que mantém vivos a convicção, o respeito e a unidade.  Vamos pedir a Jesus que nos batize no zelo que o consumia pelo santuário! Nossa família é um santuário onde nós precisamos com Zelo erigir um altar diário ao Senhor. 

O que falta para você estar em uma FAMÍLIA COM BASE NA CRUZ?  Desejo a você Tudo de Deus para a sua casa!


Espaço de reflexão psicoteológica, visando a saúde dos relacionamentos e o fortalecimento da família!