FORTALEZA, 01 DE AGOSTO DE 2011
13 dias se passaram desde o primeiro dia deste compartilhar. O que era alvo agora já é missão cumprida. O que era expectativa agora é saudade. O que eram perguntas agora são questionamentos aprofundados da necessidade de uma igreja que, cheia do Espírito Santo, se envolva com " Jerusalém, Judéia, Samaria e até os confins da terra" ao mesmo tempo, pois este é o tempo da ordem do Senhor.
Cabo Verde não é longe do Brasil como parecia. Aqui de Fortaleza, onde esperamos nosso vôo, até nossa cidade é bem mais longe que daqui a Praia, capital daquele país. Estamos no "planejado" atraso de duas horas que a gol nos submeteu. Claro que isto é uma exceção, isto não acontece na aviação brasileira – melhor não perdermos o bom humor!
A despedida! Acho que dá prá imaginar o que Paulo viveu naquela despedida com choros e exortação sobre sua partida, na praia da cidade de Éfeso. Tivemos a impressão de que nunca mais nos veremos e a certeza que foi um tempo de Deus, mesmo que seja nosso desejo trazer a família que nos recebeu ao Brasil um dia. Mas e aquelas famílias que treinamos, e os que evangelizamos, e os que foram para Guiné-Bissau... que saudade!
A turma do Artesanato ficou apaixonada por minha esposa. Acho que eles tem toda razão. Eximia artesã, ela tem um coração que é uma obra de arte. Não conheceu a cidade pois todos os dias tinha duas turmas, uma pela manhã e outra a tarde e a noite com algumas exceções tivemos cultos. Não trouxe nem pulseirinha escrita Cabo Verde para as amigas.
Ponto alto dos cultos foram os (dois) encontros para casais. Não era grande o número de pessoas, mas na quinta-feira havia 6 nacionalidades representadas, o que facilitou a explicação da necessidade de "deixar pai e mãe, doenças da alma e da cultura de cada um de nós para ser uma só carne com o cônjuge que escolhemos, submetendo-nos à cultura de Deus para a familia". Havia pessoas do Congo, de São Tomé e Principe, de Guiné Bissau, de Cabo Verde,nós os brasileiros e de Angola, numa mistura de famílias e culturas. É uma característica de uma capital, atrair muitas nacionalidades.
Evangelizamos uma senhora muito amável – dona Adelina - que veio para o curso de artesanato, que recebeu o presente de vida eterna confessando Jesus como Senhor e Salvador. Ela nasceu em Timor Leste e veio para Cabo Verde ainda criança. Quando ela voltou àquele país, coincidentemente estávamos lá também, em 2009. Ela perdeu o filho a poucos meses, adulto, pai de 4 filhos com um diagnóstico simples mas os problemas com a saúde pública não é privilégio nosso. Foram para outro país buscar recurso médico mas já era tarde: amebíase o matou por falta de tratamento correto.
No domingo, uma manhã especial com a igreja, homenagens e presentes para a professora de artesanato, almoçamos juntos com a igreja (e a dona Adelina também!) e nos preparando para sair para o aeroporto, uma noticia ruim em uma família da igreja que uma pessoa querida se envolveu em um problema com a justiça. Ore por esse motivo mesmo sem saber quem são por que trouxe tristeza para nossos irmãos.
Depois de muito cansaço por causa de conexões e atrasos, chegaremos em casa. Se Deus permitir, e continuaremos com algumas informações "pós-desembarque" agradecidos a Deus por este tempo precioso.
Com carinho,
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