Nada mais precioso (e raro) do que chegar para pagar uma dívida e descobrir que você não deve nada; que sensação de leveza!, ou que pelo menos tem um bônus, um crédito da última compra por ser um cliente fidelidade! Isto já estava no contrato e você não leu direito.
Quando se trata de amizade (ou do casamento) é bem parecido. Você descobre em algum momento que aquela pessoa realmente merece sua confiança e caminharia uma segunda milha com você. Que bom é para nossa alma.
No salmo 50 encontramos Deus chamando a natureza como testemunha da renovação do contrato: "convoca toda a terra do nascente ao poente... convoca os altos céus e a terra para o julgamento do seu povo" (1b,4) Deus nos convoca para rever o contrato de nossa amizade com Ele, as bases da Aliança que foi estabelecida entre nós.
Depois de um tempo ficamos com a impressão de que esta amizade está abalada e que não estamos pagando o preço que temos que pagar. Deus não gosta mais da gente. Quando os Judeus sentiam isto, eles sacrificavam bois, bodes e aves. O Eterno Deus os confronta perguntando: "se eu tivesse fome, precisaria dizer a você? Pois o mundo é meu, e todo o que nele existe. Acaso como carne de touros ou bebo sangue de bodes?" (12)
Normalmente não sabemos o que responder. Tentamos e nos frustramos! Buscamos agradar e temos a sensação de que passamos longe.. Como distam os céus da terra, assim estão longe nossos pensamentos dos pensamentos do Senhor. Depois de recusar nosso sacrifício religioso, que nos faz olhar para nossos esforços como bastante para agradar a Deus Ele conclui, como quem lê o contrato de novo para nós:
"Ofereça a Deus em sacrifício a sua gratidão, cumpra os seus votos para com o Altíssimo. Clame a mim no dia da angústia; eu o livrarei e você me honrará!" (14 e 15)
E o que mais? Que mais o Senhor requer de nós? Vamos pagar quanto? Vamos sacrificar quantos novilhos? E ele responde com carinho:
"quem me oferece a sua gratidão como sacrifício, honra-me, e eu mostrarei a salvação de Deus ao que anda nos meus caminhos" (23).
Que cada um de nós saia das angústias que as dívidas trazem; dos medos que acompanham a desconfiança de uma relação; das paranóias que vem da impressão de que não somos amados. Das setas de acusação que satanás lança e que viram fortalezas dentro de nós. Usufrua de sua salvação e como gratidão busque a santificação como forma de honrá-lo!
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