MANTENDO A ÁGUA LIMPA

"... deu-se a sua primogenitura aos filhos de José, filho de Israel; para assim não ser contado na genealogia da primogenitura". 1Cr.5.1c

Em época de Rio+20 a questão da água volta como assunto inadiável. O que é tão importante na Bíblia Sagrada quanto a água é para a humanidade é a primogenitura. Qual o valor dela? Como a conseguimos? O seu valor só a Palavra de Deus mensura. Nós a conseguimos na família, na relação com o Pai. Não pagamos nada por ela e não a merecemos, apenas recebemos seus privilégios. O que nasceu primeiro tem direitos primeiro e maiores, dizia a Lei. "O que chega primeiro bebe água limpa", diz o ditado. A questão é manter a primogenitura e manter a água limpa.

Temos alguns exemplos. Esaú – filho de Isaque. Não a conquistou e ainda vendeu-a; não a sustentou. Outro exemplo é Ruben. Filho mais velho de Jacó. Não pagou, não precisou fazer nada para ser primogênito, não merecia. Nasceu primeiro simplesmente. Dom. presente. Ruben perdeu seu direito. O texto fala claramente por que:

A água limpa que ele experimentou foi suja e envenenada por suas atitudes. (5.1b) Manchou a sua imagem, sua família, o nome de seu pai. "Mas tudo o que o homem semear isto também ceifará". (Gl.6.7) Perdeu. "... deu-se a sua primogenitura aos filhos de José". Continuou ali, filho mais velho, cara mais enrugada mas o valor espiritual deste dom lhe foi tirado. Seu pai o declara na hora de abençoar seus filhos, como um homem "inconstante como águas (turvas)". (Gn. 49.4)

Mas o mesmo capítulo fala de uma grande vitória de Ruben e sua descendência. (5.23) O motivo é que ele se aliançou com gente boa. Estava ligado ao irmão Manassés, o herdeiro espiritual da primogenitura, filho de José. "E foram ajudados... porque
clamaram a Deus na peleja, e lhes deu ouvidos, porquanto confiaram nEle"(5.20).

Não somos diferentes de Ruben. O pecado nos roubou de um lugar privilegiado diante de Deus. Precisamos nos aliançar a Jesus, o herdeiro sem pecado. O Espírito clama por nós, com gemidos inexprimíveis. E por causa dele Deus nos ouve. Inimigos querem nos minar e nos envergonhar e no dia mau, no dia da batalha, precisamos ficar firmes. Ele nos dá a armadura. (Ef.6.13) Em aliança com Jesus e clamando ao Senhor, a vitória é nossa, a honra nos é devolvida, a herança nos é de direito. A Ele toda honra e toda glória. Por causa dEle continuamos a tomar água limpa!

 

 

VOCÊ E ELIAS – ALGO EM COMUM?

"Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel! Que hoje fique conhecido que Tu és Deus em Israel e que sou teu servo e que fiz todas estas coisas por tua ordem". 1Re18.36b

Elias se parece muito com Moisés, pois foi substituído por Eliseu e Moisés por Josué. A morte de ambos envolve mistério e a trasladação do corpo e ambos apareceram no monte da transfiguração com Jesus (Mc.9.4)

Mas Elias se parece também com você. É Tiago, o irmão do Senhor, que afirma isto: "Elias era humano como nós; ele orou fervorosamente para que não chovesse e não choveu sobre a terra três anos e meio" Tg.5.17. Tiago fala isto nos estimulando à oração.

Como o processo com os Reis não estava dando certo por que a exemplo de Baasa, que "fez o que o Senhor reprova, andando nos caminhos de Jeroboão..." (1Re.16.34) e o rei Acabe, que fez aliança com o rei de Damasco, casando-se com Jezabel e trazendo todos os maus costumes e os ídolos de seu povo, Deus usa agora o profeta Elias como porta voz de sua vontade.

Quais foram os pecados de Jeroboão? Primeiro foi ingratidão pois Deus lhe deu as dez tribos de Israel para governar. Ele não confiou nos planos de Deus e fez do jeito dele, inventando ídolos para o seu povo. Ele pensou que se o povo fosse oferecer sacrifícios em Jerusalém, deixaria de segui-lo como rei. Quando não confiamos em Deus, inventamos nossos planos que tornam em idolatria - e ele então, inventou dois Bezerros de ouro, e disse ao povo: "aqui estão os seus deuses, ó Israel, que tiraram vocês do Egito" (1Re. 12.28b). Ele tirou Deus do controle da nação e a entregou a uma mulher endemoninhada – Jezabel.

Como nos parecemos com Elias? Sendo gratos ao Senhor, pois é Ele quem faz todas as coisas em nossas vidas. Confiando no Senhor, mesmo quando parece que estamos sozinhos – "no entanto fiz sobrar 7.000 em Israel, todos aqueles cujos joelhos não se dobraram a Baal e cujas bocas não o beijaram" (1Re.19.18) - Deus não nos abandona, como não abandonou a Elias.

E por último, seremos semelhantes a Elias se obedecermos ao Senhor - ao contrário de tantos em volta dele e tantos em nossa volta – independente da aprovação dos que mandam nesta terra. "Volte pelo caminho por onde veio e vá..." disse Deus a Elias. Ele voltou e foi bem sucedido. No caminho da obediência encontramos discípulos, como Elias encontrou Eliseu e Deus pode continuar sua obra. Mesmo que o Príncipe deste século se oponha, gratidão, confiança e obediência, vão nos fazer vitoriosos, os milagres vão acontecer e nem a morte poderá nos deter!

MATURIDADE E SABEDORIA

Salomão é o símbolo de sabedoria. Na sua juventude percebendo os desafios que seu pai enfrentara diante do reinado, ele vai a Deus em busca do que ele mais precisava (1Reis 3.9). Deus se agrada (10) daquele pedido humilde e sem ambição egoísta e lhe acrescenta à sabedoria também riqueza e honra. Durante muitos anos aquele dom o dirigiu.

Mas fica uma clara definição entre sabedoria e maturidade. Esta só vem depois com as experiências e o tempo, e, apesar de sábio, ele não foi maduro o bastante para lidar com riqueza e honra. Onde ele errou?

Fez alianças erradas. A primeira aliança que fez foi muito sábia, afinal, um país forte como parceiro é o melhor que um novo rei poderia ter na época, mas pouco madura, afinal, ele fez aliança através do casamento (3.1). Casou-se com a filha de Faraó. Ofereça sua profissão, seu tempo útil, seus dons, mas o seu coração precisa ser totalmente do Senhor e compartilhá-lo com quem não ama o Senhor não é a coisa certa.

Se envolveu com os prazeres humanos. O esporte mais caro e mais cobiçado naquele tempo era a criação de cavalos (4.26). Salomão nunca fez uma guerra. Não precisava de cavalos para batalhas. Deus havia orientado os reis a não se envolverem neste tipo de atividade, e acredito, pelo poder viciante que ele tem. O esporte e o lazer que temos não pode tomar o lugar primeiro de Deus em nossos corações.

Salomão Teve muitas mulheres. Em lugar nenhum da Bíblia o homem/mulher de Deus que se envolve com mais de uma pessoa tem sucesso nos relacionamentos. Nenhuma esposa daquele homem foi feliz, e todas o influenciaram o seu coração para a Idolatria. (1 Reis 11:5-9)

Salomão não discipulou o seu filho, herdeiro do trono. Afinal, com tantas ocupações (alianças, mulheres, cavalos, idolatria) não sobrou tempo para a família (qual, com tantas mulheres?). O novo Rei (Roboão) não tinha nem sabedoria nem maturidade. Dividiu o Reino.

Então, Salomão foi ou não foi o homem mais sábio? Sim! A Bíblia o declara(4.29-34) e tudo o que ela declara é verdade. Mas com o tempo, aquele homem olha para traz e viu que sua sabedoria nem sempre esteve "linkada" com o temor do Senhor (Ec. 12.13). Esta é uma conclusão muito sábia e nos faz refletir sobre nossas escolhas. Não adianta agradar a Deus só em algumas áreas de nossas vidas se o desagradarmos em outras. Algumas alianças precisam ser evitadas. Alguns hobbies "nada a ver" precisam ser avaliados. A idolatria, mesmo sem ídolos de barro precisa ser vigiada. Em tempo de maturidade, até a sabedoria tem que agradar a Deus!